segunda-feira, 14 de março de 2011

Sussurros


As palavras e eu perdemos o entendimento, a cumplicidade que tínhamos. É como se eu estivesse vazia. Estou me sentindo oca e pequena, incapaz de gerar qualquer coisa. Mesmo que seja um conto. Ou uma linha de uma autobiografia. Mas o que diria de mim?

Autobiografia não existe. O que há é arte e mentiras. Ainda assim, as que estamos dispostos a contar. A minha (breve) vida é feita de pedaços desgarrados de história, pedras voando pelo ar, chocando-se na estratosfera do ser e curto-circuitando meus dias, meus propósitos.

Sou uma mulher adulta, que já teve homens e mulheres na cama. Amei? Sim, de forma visceral. Mesmo que não acreditem. E me parti em mil pedaços. Sou uma criança perdida tentando encontrar a mão também perdida de uma mãe. O problema é que eu sempre fui muito machucada por estranhos...

domingo, 13 de março de 2011

Rascunhos


Sabia que as levaria comigo em palavras doceamargas, na rudeza sutil inconsciente de uma garota que tem medo do monólogo das sombras.